O governo sudanês e os principais líderes rebeldes do país assinaram neste sábado (3) um acordo de paz em Juba, capital do vizinho Sudão do Sul, com o objetivo de acabar com os 17 anos de guerra.
Os presidentes da Etiópia e do Chade e os primeiros-ministros do Egito e Uganda estavam entre as autoridades regionais e políticos no evento.
O acordo firmado hoje confirma a preliminar selada por três grandes grupos em 31 de agosto — duas facções da região oeste de Darfur e uma da região sul — após meses de negociações promovidas pelo Sudão do Sul.
Outro poderoso grupo rebelde, o Movimento de Libertação do Povo do Sudão-Norte, liderado por Abdelaziz al-Hilu, que não havia participado das negociações de paz iniciais, concordou no mês passado em se juntar às novas negociações.
O acordo estipula que os movimentos armados devem ser desmantelados e que seus combatentes terão que aderir ao Exército oficial, que se reorganizará para ser representativo de todos os componentes do povo sudanês.
O comandante paramilitar sudanês, Mohamed Hamdan Daglo, conhecido por seu apelido "Hemeti", assinou o acordo pelo lado de Cartum. Por parte dos rebeldes o documento foi assinado por um representante da Frente Revolucionária Sudanesa (SFR) e outros líderes de grupos armados.
Outros grupos rebeldes importantes, no entanto, não assinaram o documento, o que provoca dúvidas sobre a aplicação real do acordo.
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